Passei!

“Um ano de preparação para decidir seu 
futuro em uma prova”

Passar em Medicina não é fácil. Este é o curso mais concorrido em, praticamente, todas as Universidades do país. Apesar disso, Henrique Elias Chueire, de 17 anos, decidiu topar o desafio. E foi tentando, tentando, tentando, até que conseguiu passar na PUC/PR. Mas, até conseguir ingressar na faculdade ele prestou 14 vestibulares em dois anos, isto sem contar o ENEM. Mesmo já tendo uma vaga garantida no curso no ano que vem podendo gritar aos quatro cantos: “Passei”, Henrique continua tentando, porque a vontade dele, realmente, é ser acadêmico da Universidade Federal do Paraná. Este estudante com vasta experiência em vestibulares tem muito a ensinar para vocês. Confira a entrevista:

Equipe Pró Vestiba: Por que você decidiu fazer Medicina?
Henrique: No início do Ensino Médio pensava em ser piloto da Aviação Civil. Porém, sempre tive um interesse em Medicina. Então, após conversas com a família e com profissionais, percebi que o desejo na aviação se resumia a um hobby, enquanto Medicina era o que realmente eu gostaria de cursar. O contato com pessoas e a possibilidade de ajudar são características que eu sempre prezei e que estão altamente relacionados com a Medicina.

EPV: Para passar em Medicina a rotina de estudos deve ser pesada. Como você se preparou?
Henrique: Nesse ano de cursinho assistia às aulas no colégio e vinha para casa, onde, a partir das 14:00h iniciava os estudos fazendo principalmente exercícios, cerca de 120 por dia. Por cerca de 6 horas me dedicava a essas atividades com algumas pequenas pausas. No sábado assistia as revisões que o cursinho realizava e no período da tarde reservava o tempo para ler revistas e jornais, além dos livros que são cobrados pelas universidades. No domingo uma pausa nos estudos para outras atividades.

EPV: Você priorizava alguma matéria?
Henrique: Não. Para um curso concorrido como Medicina cada questão é decisiva. Por isso, todas as matérias são importantes. Na UFPR apenas na 2ª fase existem as provas específicas, então somente agora, após a 1ª fase, irei me dedicar com força maior em matérias como Biologia e Química.

EPV: Tem algum segredo para dominar o nervosismo na hora da prova?
Henrique: Difícil, por mais que a gente tente, ele sempre aparece. Foi um ano de preparação para decidir seu futuro em uma prova. Encontrar seus amigos no local de prova e tentar pensar em outras coisas momentos antes é eficiente para conter o nervosismo. E a partir do momento em que a prova chega à sua carteira, leia atentamente as questões e busque aquelas matérias com as quais tem mais afinidade. Resolver questões que você sabe primeiro te dá segurança e você se envolve com a prova, esquecendo o nervosismo e ganhando mais força para enfrentar aquelas questões mais complicadas.

EPV: Como você definiria todo este tempo de preparação que você teve até passar em um vestibular?
Henrique: Foi um ano inteiro de preparação para uma prova. Pressões particulares e familiares existem e te pressionam. No 3º ano do Ensino Médio me dediquei e mesmo assim não fui aprovado. É complicado. Contudo, devemos erguer a cabeça e seguir em frente para mais um ano de preparação em busca do nosso objetivo.

EPV: Deixe uma dica para os futuros acadêmicos, que hoje estão luta por uma vaga na Universidade.
Henrique: Dedicação. Essa é a palavra que deve nos guiar no ano de vestibular. É complicado, desgastante e muitas vezes temos que abdicar diversas coisas que faziam parte das nossas vidas. Porém, vale a pena. Ver seu nome na lista de aprovados faz que com que todas as dificuldades enfrentadas sejam recompensadas. Boa sorte!

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